
Introdução:
Os FIIs de Tijolo x Papel estão entre os investimentos favoritos de quem deseja diversificar a carteira e garantir renda passiva. Nos últimos anos, os fundos imobiliários cresceram de forma impressionante no Brasil. Inclusive, segundo dados da B3, já são mais de 2 milhões de investidores cadastrados nesse mercado.
Ainda assim, muitos iniciantes se perguntam: afinal, vale mais a pena investir em fundos de tijolo ou de papel? Embora ambos façam parte da mesma categoria de ativos, cada um possui características únicas que influenciam a rentabilidade, o risco e a adequação ao perfil do investidor.
Neste artigo, você vai entender em profundidade o funcionamento dos FIIs de Tijolo x Papel, vai comparar suas vantagens e desvantagens e, por fim, descobrirá como escolher aquele que mais se ajusta aos seus objetivos financeiros.
O que são Fundos Imobiliários (FIIs)?
Definição e funcionamento dos FIIs
Os fundos de investimento imobiliário, ou simplesmente FIIs, funcionam como um condomínio de investidores. Em outras palavras, cada participante adquire cotas do fundo, e o gestor utiliza os recursos arrecadados para investir em empreendimentos imobiliários ou em títulos ligados ao setor.
Além disso, as cotas podem ser compradas e vendidas diretamente na B3, de maneira semelhante às ações. Dessa forma, o investidor tem liquidez e pode ajustar sua posição de acordo com o mercado.
Outro ponto importante é que todo o setor é regulamentado pela CVM. Isso garante mais segurança e transparência para os cotistas, já que os gestores precisam divulgar relatórios periódicos.
Por que investir em FIIs?
Muitos investidores buscam os FIIs porque eles oferecem vantagens relevantes:
Diversificação: você pode investir em diferentes setores sem precisar comprar imóveis diretamente.
Renda passiva: os fundos distribuem dividendos mensais, normalmente isentos de imposto de renda para pessoas físicas.
Acessibilidade: é possível começar a investir com valores bem inferiores ao preço de um imóvel físico.
👉Leia também: FIIs de Galpões, Lajes Corporativas e Shoppings: Onde Investir com Estratégia em 2025.
FIIs de Tijolo: Entenda esse tipo de fundo
O que são os FIIs de Tijolo
Os FIIs de Tijolo investem em imóveis físicos. Entre os exemplos mais comuns estão shoppings, lajes corporativas, galpões logísticos, hospitais e universidades. Em resumo, a renda vem principalmente do aluguel pago pelos inquilinos.

Vantagens dos FIIs de Tijolo
Valorização patrimonial: os imóveis podem se valorizar ao longo do tempo, aumentando o valor das cotas.
Previsibilidade da renda: os contratos de aluguel costumam ser de longo prazo, o que reduz a incerteza.
Proteção contra inflação: na maioria dos casos, os aluguéis são corrigidos pelo IPCA ou IGP-M.
Além disso, esses fundos tendem a oferecer uma sensação de solidez, já que os investidores conseguem visualizar os imóveis que sustentam o patrimônio.
Desvantagens dos FIIs de Tijolo
Apesar das vantagens, os fundos de tijolo também apresentam alguns desafios:
Vacância: se um imóvel ficar sem inquilino, a distribuição de rendimentos diminui.
Custos de manutenção: reformas, impostos e despesas operacionais podem reduzir a rentabilidade.
Menor liquidez: vender ou reposicionar imóveis no mercado pode ser um processo lento.
FIIs de Papel: Conheça essa modalidade
O que são os FIIs de Papel
Diferentemente dos de tijolo, os FIIs de Papel aplicam em títulos de crédito imobiliário, como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário). Em geral, a rentabilidade está atrelada a indexadores como IPCA, CDI ou IGP-M.
Vantagens dos FIIs de Papel
Rentabilidade atrativa: muitas vezes, os títulos oferecem retornos superiores à média do mercado.
Liquidez maior: os ativos financeiros são mais fáceis de negociar em comparação aos imóveis físicos.
Proteção contra juros: alguns papéis aumentam o rendimento quando a Selic sobe.
Além disso, esses fundos costumam ser mais dinâmicos, já que os gestores conseguem rebalancear as carteiras com maior agilidade.
Desvantagens dos FIIs de Papel
Entretanto, também existem pontos negativos:
Volatilidade: as cotas sofrem maior variação no mercado.
Dependência da taxa de juros: quedas na Selic podem reduzir significativamente os rendimentos.
Menor valorização patrimonial: como não há imóveis físicos, o potencial de ganho de capital é mais limitado.
Comparação Direta: FIIs de Tijolo x Papel
Principais diferenças
Característica | FIIs de Tijolo | FIIs de Papel |
---|---|---|
Ativo principal | Imóveis físicos | Títulos de crédito |
Fonte de renda | Aluguel | Juros e correções monetárias |
Riscos | Vacância, manutenção | Juros, inadimplência |
Liquidez | Menor | Maior |
Potencial de valorização | Alto | Limitado |
Rentabilidade x Risco
Em cenários de inflação alta, FIIs de Tijolo tendem a ser mais resilientes.
Por outro lado, quando a Selic está elevada, FIIs de Papel costumam entregar rentabilidades maiores.
Portanto, a análise do cenário macroeconômico é essencial antes de investir.
Liquidez e volatilidade
Os FIIs de Papel geralmente apresentam cotas mais líquidas e voláteis. Já os FIIs de Tijolo oferecem mais estabilidade, mas podem sofrer quando há vacância prolongada.

Qual tipo de FII combina com o seu perfil de investidor?
Investidor conservador
Quem valoriza previsibilidade e estabilidade costuma se sentir mais confortável com FIIs de Tijolo. Afinal, contratos de aluguel de longo prazo oferecem maior segurança.
Investidor moderado
Se você busca equilíbrio, uma carteira mista pode ser a melhor escolha. Combinar tijolo e papel ajuda a reduzir riscos sem abrir mão de boas oportunidades.
Investidor arrojado
Se o seu foco é rentabilidade elevada e você aceita oscilações, os FIIs de Papel podem ser atrativos, especialmente em períodos de juros altos.
Estratégias de Diversificação com FIIs
Montando uma carteira equilibrada
A diversificação é uma das estratégias mais importantes no universo dos investimentos. Inclusive, diversos analistas reforçam que combinar FIIs de Tijolo x Papel aumenta as chances de bons resultados em diferentes cenários econômicos.
Exemplos práticos de carteiras
Conservadora: 70% tijolo, 30% papel.
Equilibrada: 50% tijolo, 50% papel.
Agressiva: 30% tijolo, 70% papel.
🔗Descubra outras análises sobre Fundos Imobiliários (FIIs): Guia Completo para Investir com Segurança e Alta Rentabilidade em 2025.
Casos Reais e Estatísticas
De acordo com a ANBIMA, o mercado de FIIs ultrapassou 2 milhões de investidores em 2024. Além disso, os relatórios mostram crescimento constante nos últimos cinco anos.
Já dados da B3 revelam que os FIIs de Tijolo representaram mais de 60% do volume negociado em 2024.
Por outro lado, levantamento do Valor Investe indicou que alguns FIIs de Papel renderam acima de 18% em 2022, superando o desempenho de boa parte do mercado.
Esses números reforçam como cada tipo de fundo pode se destacar em momentos diferentes do ciclo econômico.

Riscos e Cuidados ao Investir em FIIs
Riscos comuns
Vacância: imóveis desocupados reduzem a distribuição de dividendos.
Inadimplência: nos FIIs de Papel, empresas podem atrasar ou deixar de pagar.
Oscilações macroeconômicas: mudanças na Selic impactam diretamente a rentabilidade.
Como mitigar riscos
Diversifique: nunca concentre seus recursos em apenas um fundo.
Leia relatórios gerenciais: eles trazem informações relevantes sobre a saúde do fundo.
Observe o histórico de dividendos: a consistência é sinal de boa gestão.
👉Leia também: Como Investir em Ações: Guia Completo e Prático para Iniciantes.
Conclusão
Não existe um vencedor absoluto na disputa FIIs de Tijolo x Papel. Na prática, a escolha ideal depende do seu perfil de investidor, do cenário econômico e dos seus objetivos financeiros.
Enquanto os fundos de tijolo oferecem estabilidade, solidez e proteção contra inflação, os fundos de papel podem entregar maior liquidez e rentabilidade em períodos de juros altos.
Portanto, a estratégia mais inteligente é equilibrar ambos na carteira, aproveitando as vantagens de cada modalidade.
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